DECLARAÇÃO

15/02/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Por todo o não-dito que nos abraça e acompanha

Por tantos silêncios que vestimos ao longo dos nossos dias

Pela escuta atenta de nossos corpos

Pelos tantos movimentos mudos que fazemos

Pelas palavras pensadas e, por tantos diálogos estabelecidos mentalmente,

Todos, nunca nascidos.

Para que recebam voz latente, intensa e ecoante

E reconheçam o que é verdade.

Revelemos os segredos sem rasgar os véus dos mistérios

Rechacemos os algozes raciocínios gelados e seus realismos pouco temperados

O que alarga o colo é o texto multifacetado e uníssono que ressoa

São os corpos em aliança

São o que logo, somos.

A diversidade do amor

A universalidade que não tem cor

A narrativa do outro, essa literatura de pertencimento e clamor

Parecenças e leves enganos no sopro do beija-flor

Tessitura densa e sensível de sabor arrebatador

A hospitalidade de uma escuta responsável

E eu, ainda penso, sangrando, que o porvir se transformará.

 

 

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