Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Por todo o não-dito que nos abraça e acompanha
Por tantos silêncios que vestimos ao longo dos nossos dias
Pela escuta atenta de nossos corpos
Pelos tantos movimentos mudos que fazemos
Pelas palavras pensadas e, por tantos diálogos estabelecidos mentalmente,
Todos, nunca nascidos.
Para que recebam voz latente, intensa e ecoante
E reconheçam o que é verdade.
Revelemos os segredos sem rasgar os véus dos mistérios
Rechacemos os algozes raciocínios gelados e seus realismos pouco temperados
O que alarga o colo é o texto multifacetado e uníssono que ressoa
São os corpos em aliança
São o que logo, somos.
A diversidade do amor
A universalidade que não tem cor
A narrativa do outro, essa literatura de pertencimento e clamor
Parecenças e leves enganos no sopro do beija-flor
Tessitura densa e sensível de sabor arrebatador
A hospitalidade de uma escuta responsável
E eu, ainda penso, sangrando, que o porvir se transformará.
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