Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
As pessoas não sabem nem aproveitar a quarentena para fazer autorreflexão, buscar respostas para a pergunta "Para que estamos passando por isso?"
Não entenderam que, após a disseminação de tanto ódio, ofensas gratuitas, egoísmos, individualismos, é tempo de entender que somos todos da mesma família, que somos todos iguais. É tempo de amar o outro, é tempo de ter compaixão.
E olhemos como é interessante: AMAR SEM ABRAÇAR FISICAMENTE! Ou seja, não nos obrigarmos a estar em contato físico com o outro, mas desejar-lhe o bem, emanar ao mundo o nosso melhor. E isso não é apenas para tempos de coronavírus; é ação para todos os dias.
É orarmos por nós mesmos e por nossos familiares e lembrarmo-nos de orar, também, pelos enfermos, pelos profissionais de saúde (e não somente os médicos, classe historicamente tratada como superior aos demais profissionais da saúde, mas que o coronavírus mata igualmente), pelos miseráveis, pelos descrentes, pelos desolados, por aqueles que passarão pela vida sem conhecer o conceito de família, mas que, com a compaixão exercitada por nós, afortunados (e não se remetendo, aqui, aos detentores de riqueza material apenas. Todos nós que, ao contrário dos desafortunados, passaremos pela vida saboreando o gosto do que é ter vida digna), poderão sentir o sabor do amor, de ser visto e tratado como igual.
Ou não entendemos ainda que o coronavírus não faz distinção de cor, sexo, etnia, espiritualidade, orientação sexual, poderio econômico?
Ou seja, ninguém é melhor do que ninguém; não há hierarquia entre nós seres detentores de uma vida. Somos todos da mesma espécie: SENCIENTE!
Corremos tanto atrás de realizar sonhos materiais que esquecemos que somos Alma e e
Espírito, que não se alimentam de bens materiais.
Acordemos enquanto ainda temos tempo, pois, se estou lhes escrevendo e vocês estão me lendo, é porque estamos ainda vivendo.
Então, entendamos que não é tempo de pensar só no nosso bem estar e no da nossa família. É de pensarmos no bem-estar de todos igualmente. E chegamos a essa conclusão facilmente com essa simples situação exemplificada: A faxineira; aquela que passa uma vez na semana pela nossa casa, a quem pagamos pelo serviço e ela vai embora para a casa dela.
Essa simples faxineira pode ser a transmissora do coronavírus que contraiu na casa de uma madame que acaba de chegar da Europa e, posteriormente, levou-o para a nossa casa, para a sua família. Ela poderá adoecer e falecer por não ter acesso a uma rede pública de qualidade, só que ela, também, pode recuperar-se (e rápido, inclusive). Entretanto, o idoso que temos em casa, mesmo que titular de um ótimo plano de saúde, pode não resistir e ir a óbito; pode, até mesmo, ser vítima da falta de leitos e, por isso, partir para a eternidade.
Então, aproveitemos que estamos no conforto dos nossos lares, na companhia das pessoas que mais amamos, e vamos, sim, refletir, repensar atitudes, desconstruir conceitos, eliminar preconceitos, quebrar individualismos e ORAR, sozinho ou em família, mas pedir fervorosamente a Jesus, MISERICÓRDIA, GRAÇA e LUZ para o nosso Brasil e para todo o Mundo.
Imagem Ilustrativa do Post: Panic street // Foto de: Giuseppe M // Sem alterações
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