Arrepios

02/09/2018

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa

O arrepio pode ser fruto de uma descarga de adrenalina, do frio, um susto ou imprevisto qualquer. Todas essas sensações podem fazer a pele arrepiar, mas só uma em específico faz com que a alma também se arrepie e deixe transparecer emoções, desejos e prazeres que a pertencem.

Esse arrepio é conduzido não pelas sensações externas do ambiente, mas pelo que une novamente o tecido do qual pele e emoções foram feitos.

É o arrepio que, quando o corpo quer, a pele mostra;

Quando a chama queima, os fios se levantam;

Quando o desejo explode no sussurro e gemido, a pele se desnuda;

Quando o arrepio da excitação, do cheiro e do sexo se apresenta, a ponta da língua desliza pela pele e o pudor se perde;

Quando arrepia cada poro da alma, o prazer se entrega;

Quando o olhar fulmina, a pele a ele se revela.

O arrepio que faz com que o sistema nervoso se descontrole e se misture novamente ao tecido da pele ao ponto de não mais saberem que um dia foram separados. Um arrepio que só as verdadeiras catarses de emoções conseguem sentir, pois elas mostram o arrepio não só da pele, mas também da alma.

 

Imagem Ilustrativa do Post: - // Foto de: Avelino Regicida // Sem alterações

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