Demorei mais do que devia para estabelecer o prefácio do belo livro de Emanuela Cristina Andrade Lacerda por diversas razões. A primeira delas é porque precisei reler o livro que ficou chamado de "A singularidade da propriedade" que representa o resultado de seus estudos de doutoramento, obtido com grau de reconhecimento por prestigiada banca. O segundo é o que acredito e aposto muito no trabalho que se postou a discutir a teoria da propriedade e seus atributos desde uma perspectiva diferenciada. A percepção da propriedade como um direito subjetivo não dá mais conta de operacionalizar o discurso sobre a propriedade que demanda, agora, desde novas perspectivas tecnológicas, a indicação de um suporte teórico inovador. Assim é que superando a visão nacional da propriedade como um atributo reconhecido pelo Estado, implementa o contexto transnacional e, também, representado pela sustentabilidade. Tudo isso não seria possível sem que Álvaro Borges tivesse cuidadosamente dialogado conosco no sentido de demonstrar as insuficiências do modelo atual e apontasse os pontos em que o tema precisava de atualização, especialmente o tecnológico.