A importância de um mestrado acadêmico ou profissional

17/06/2023

Mestrado é uma especialização e grau acadêmico dado a um indivíduo que se forma em uma pós graduação de mestre e concedido por uma instituição de ensino superior/ universidade após sua formação. O mestrado é um curso de pós-graduação stricto sensu, portanto possui entre 2 a 5 anos de duração.

De modo geral, o mestrado pode ser dividido em dois tipos: o mestrado acadêmico e o mestrado profissional.

O mestrado acadêmico é recomendado para quem deseja seguir a carreira acadêmica, inclusive é um dos requisitos básicos para quem pretende se tornar professor universitário. O mestrado profissional é recomendado para quem deseja aprofundar conhecimentos teóricos e práticos da sua área de atuação.

Cursar um mestrado é desafiador por si só. São muitas noites de sono perdidas, longas horas refletindo sobre o objeto de estudo, a melhor abordagem para escrever sobre um tema determinado. Mas tudo fica mais difícil quando expectativas são criadas e medidas por uma régua ilusória.

Com o título de mestre já é possível dar continuidade a sua carreira acadêmica, podendo se tornar professor ou pesquisador universitário. E o mestrado também é importante para quem quer seguir no mercado de trabalho. Isso porque, cada vez mais, as empresas valorizam profissionais com alto níveis de qualificação.

Os pré-requisitos para fazer um mestrado

Existem três requisitos básicos para quem deseja seguir nessa modalidade de pós-graduação, são eles:

1. Ensino superior concluído;

2. Ter fluência em alguma língua estrangeira (possui necessidade de realizar prova de proficiência);

3. Possuir um tema estabelecido para o projeto de pesquisa que realizará durante o curso. 

Entretanto, podem surgir outros requisitos que variam de acordo com a instituição. Algumas faculdades exigem que os estudantes já tenham artigos científicos publicados em congressos ou em revistas especializadas.

Pontos avaliados antes de entrar no mestrado

Além dos requisitos citados acima, existem outros fatores que são observados durante a avaliação, entre eles estão:

1. Uma análise do currículo e histórico escolar, notas, estágios, participação em grupos de pesquisa etc.; 

2. Geralmente também é necessário realizar uma prova de conhecimentos gerais e específicos;

3. Entrevista para apresentar o projeto de pesquisa.

Participar de programas de iniciação científica é um fator importante para obter o título de mestre, sendo um ponto bem considerado na hora da seleção para o mestrado. 

O edital de mestrado serve como um guia completo sobre o processo seletivo, apresentando todas as informações necessárias sobre as diferentes etapas e orientando como proceder desde a inscrição até a divulgação dos resultados. Para garantir que tudo saia conforme o esperado durante a seleção, é importante ler o edital com atenção.

O processo seletivo para entrar no mestrado

Para entrar no mestrado seja ele qual área ou departamento da instituição, é necessário que seja aberto um edital, o que acontece uma vez por ano ou uma vez por semestre, na maioria das vezes.

Cada edital possui suas próprias exigências e especificações mas podemos fazer um esquema dos principais itens imprescindíveis para filtragem do candidato:

1. Prova de proficiência em língua

2. Avaliação do anteprojeto (caráter eliminatório)

3. Prova escrita de conhecimentos específicos (caráter eliminatório)

4. Avaliação oral do anteprojeto de pesquisa (caráter eliminatório).

5. Como cada instituição de ensino tem seu próprio edital e requisitos.

As etapas do mestrado e de elaboração da dissertação

1. Cursar as disciplinas;

2. Revisar e concluir o projeto de pesquisa;

3. Realizar a pesquisa e coleta de dados;

4. Organizar e analisar os dados coletados;

5. Escrever a dissertação;

6. Apresentar a dissertação para qualificação;

7. Realizar a apresentação do trabalho para a banca examinadora.

Os benefícios de um diploma de mestrado

Ser especialista na área escolhida, o curso de mestrado tem o intuito de se aprofundar na área escolhida pelo estudante, ou seja, é uma imersão muito mais profunda que a graduação. Isso acontece porque durante a graduação os alunos são apresentados a conteúdos mais generalistas, estudam diversos temas, teorias e conceitos diferentes. Dessa forma, por conta da quantidade de informação adquirida, geralmente não é possível se aprofundar tanto em um determinado tema; maior remuneração, investir em qualificação profissional é um ponto decisivo para quem deseja melhores oportunidades de trabalho e, consequentemente, salários mais altos. Profissionais com especialização, mestrado ou doutorado possuem o rendimento de 150% a 255% superior aos que possuem somente a graduação, conforme estudo do ; acesso a novos métodos e técnicas de trabalho, durante o curso, os estudantes possuem inúmeros recursos que amplificam ainda mais os saberes obtidos dentro da sala de aula. Através do projetos e do acesso à tecnologias, é possível avançar mais rapidamente no campo estudado, ampliando a possibilidade de novas descobertas; possibilidade de tornar-se professor do ensino superior, como dito anteriormente, com um diploma de mestrado é possível lecionar, sendo esse um pré-requisito básico e excludente para ter a possibilidade de dar aulas; fortalecimento do pensamento crítico, ao aprofundar-se no trabalho acadêmico, é possível desenvolver um olhar mais crítico, até mesmo sobre a própria ocupação, possibilitando uma visão mais criteriosa sobre as tarefas exercidas e aprofundar-se numa linha de pesquisa, além de se tornar um especialista em determinada área, o mestrado dá a possibilidade do estudante imergir em sua linha de pesquisa, possibilitando novas conquistas para o campo científico.

 

Notas e Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

COLLADO, Carlos Fernandez; LUCIO, Maria Del Pilar Baptista; SAMPIERI, Roberto Hernandez. Metodologia de pesquisa. Porto Alegre: Penso - Artmed, 2013.

COULON, Alan. Etnometodologia. Trad. de Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1995.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1994. 207 p.

RODRIGUES, André Figueiredo. Como elaborar referência bibliográfica. 7. ed. São Paulo: Humanitas, 2008.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

 

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