Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Este poema começa com versos de outro poeta que desconheço,
seus versos fazem o coração sair em disparada,
e causam agitação e alvoroço às entranhas:
“Mas olha, o mar.
O mar, que não desiste.”
São versos curtos, vocábulos simples, de compreensão imediata, diria mesmo instantânea,
que talvez, até possuam uma tonalidade de laconismo, dada a sua brevidade.
Reafirma e nos relembra que, somos mais fortes que os nós que nos cercam,
e mesmo que a existência humana seja uma contínua alternância
entre prazer e sofrimento; entre a monotonia e a excitação.
Decido: somente vou, se for para ser rio dentro do (a)mar.
Para sentir a profundidade de cada onda a me chamar.
Verbal ou imaterial, cada um só alcança a verdade que suporta.
As demais, voluntária ou involuntariamente são ignoradas.
Me prendo e pertenço,
aos aprendizados e lições da imensidão do fundo de nosso mar,
que é do lado de dentro.
Questões sempre intensas, viscerais e ecoantes,
que seguem falando, anunciando, denunciando e propondo reflexões internas reprimidas,
sem que um fim seja preciso, sem exigência de conclusão ou encerramento.
Basta apenas que fluam como um interlúdio ficcional.
Como as águas do rio em busca do mar.
Um ritmo lunar que molda, muda e encoraja o ato de sonhar.
Sonhar de olhos abertos é o sonho que se sonha junto como desejo comum civilizatório.
Os sonhos que são o esboço do futuro,
e por serem o que teremos como futuro, como o amanhã,
merecem o máximo de empenho e de disciplina que formos capazes,
é a transform(ação) dos sonhos em suor,
tentar, fazer e realizar.
Tudo que eu quero, mentalizo, executo, eu realizo!
Atitude profetiza!
E nos demonstra de forma concreta e com toda convicção,
de que se não der colheita,
ainda estamos vivenciando o tempo do plantio.
Nunca em nenhuma hipótese ou situação,
sonhar e samear é vão,
é a certeza de solo sempre fértil, fecundo e de afluente abundância.
“A terra dá, a terra quer”.
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