Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Somos seres tendenciosos e passamos por processos que podem revelar algo de nossas disponibilidades, muitas vezes é preciso tirar uma casca quando nós pensamos nos valores simbólicos das coisas, pessoas, ações e gostos. Tudo isso é possível que seja pensado fora da questão de um corpo, porque nós somos instáveis e não somente voluptuosos. A ideia não é que seja desprezada a matéria, a corporificação, mas também, saber que não podemos nos resumir somente a ela, (SAPIR, 2015, p. 119) ao nos dizerque “não há nenhuma razão para que o culturalista tenha medo do conceito de personalidade”, tem uma pretensãosobre a maneira de compreender os aspectos que os antropólogos – ou os que buscam estudar à cultura – tentam agrupar alguns hábitos e denominá-los. Se partimos de uma construção social, é preciso sabermos que não estamos mais em diálogo somente com o outro, mas com o nosso “eu” enquanto sujeito histórico, isso é bom, é a partir daí que começamos a entender um modo mais racional desses sentidos “carregados” da nossa individualidade. É pensando nesses valores simbólicos que a gente subverte a ordem no “normal”, é como uma frase que me chamou atenção em uma produção documental,sobre a vida do cartunista brasileiro Laerte Coutinho,proferida pelo mesmo, “eu não me visto mais só para não está pelado”. Jamais nos dispamos de nós.
REFERÊNCIAS:
CASTRO, Celso. Cultura e Personalidade – Margaret Mead – Ruth Benedict – Edward Sapir. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. 127 p.
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