um poema de amor, fantástico (a Borges)

11/11/2018

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
era tão bom
quando você amava 
e as ruas se tornavam
feito arenas 
nas quais o tempo
digladiava entre ontens queridos 
e amanhãs que nunca tardam 
posto que chamas,
e assim
andava aos saltos
melhor, voava 
queimado desde dentro
os rios já eram em veias
e jorrava entre os ponteiros 
não havia sequer segundo 
onde as ardências do solo
não depusessem seu riso,
e feito areia do Saara
na mesma esquina em que te vi 
a derreter em verão portenho 
deixei sentado Jorge Luis Borges 
e voamos pelo Rio da Prata
onde até hoje 
quando sonho
vejo as labaredas do seu gozo
não é fantástico o amor..?
 

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