Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Sorte
quando se escolhe uma caneta de quatro folhas para escrever poemas diários
quando do caos se faz luz
quando se escolhe ficar
quando o vento bagunça seus cabelos
quando o olhar sorri
quando sinto que você ainda está aqui!
Sorte
seria um verbo
se todas as pessoas pudessem conjugar
e ainda assim pudessem optar por nele habitar
cientes de que só se tem quem partilhar
Sorte
passarinho fora da gaiola social
avião quando quebra a asa
aquarela que brinca com todas as cores através da janela
criança que acredita em tudo que o coração anela
Sorte
mão dada
aceitar que pode-se estar errada
ter companhia por toda madrugada
interromper o choro com uma gargalhada
Sorte
ter sempre motivos para ser lembrada
saber que para você tem sempre uma beirada
abraçar e não querer saber mais nada
fogueira acesa, família reunida à mesa, aconchego pleno em toda alvorada
Sorte
ter você
ser você
saber quem se é
assumir quem se tornou
saber que todas as maiores e melhores coisas da vida são concebidas e concedidas pela fé!
E não há ninguém que saiba verdadeiramente o que a sorte é.
Imagem Ilustrativa do Post: green leaf // Foto de: Dustin Humes // Sem alterações
Disponível em: https://unsplash.com/photos/2JozYOOMnCU
Licença de uso: https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/