RODOVIÁRIA

15/07/2018

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Uma fria manhã de agosto...

Para um encontro?...

Quase madrugada...

Os quinze minutos que correm

das palavras ardentes de Maria Thereza Horta

ao despertar de Ruy no bilhete de Maria...

Na lentidão do tempo rápido,

o denso silêncio eloquente dos olhos

e o cheiro sem pressa de sua suave respiração...

Na perfumada despedida,

a presença se esvai em brumas reticentes...

O despedir-se daquilo que não chegou...

Partamos sós nessas viagens diárias,

mas no a sós irrealizável,

é meu o perfume masculino de sua barba ausente.

Somente meu, viajando por minha face,

duas lentas… e perfumadas horas.

 

Imagem Ilustrativa do Post: Ônibus // Foto de: Davi de Castro // Sem alterações

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