Vejo sangue
Vejo cacos de vidro
Almas ao relento
Sedento de sentimento
Vejo dor
Pessoas correndo
Contra o tempo e procurando
Dominar o tempo atroz dos dias
Buscar algo em demasia
Nostalgia ...
As horas o tempo
Escorregam e não nos dão tréguas
De pensar com clareza
Sentir com destreza
Reflexão com inteireza
De conteúdo e profundidade
Pois devemos cumprir as metas diárias
Como quem está sempre afoito
Seguindo os passos cansados
Almejando manter- se em pé
A ralé mora ao lado
Não é necessário andar muito
Para ver a destruição do eu
Batendo a porta de nossas janelas
Denotando que o mundo é muito mais do que nos tem surgido
Demonstrando nossa impotência
E ineficiência
Diante de um caos instaurado
Sem previsões de ser melhorado
Diante das atrocidades e agonias mundanas
Notícias profanas, sentimentos de inutilidade
Enquanto passava com pressa
Buscando o que interessa
Eramos bombardeados pela realidade
Do horror e iniquidade
Sem conseguir demasiadas vezes
Mover um grão
Decepção! Assim caminhamos rumo a vala
Nos embriagando de boas ideias
E de utopia
Pois para seguir é necessário
Absorver o essencial
Para não sermos parados por tantas reflexões
Hamlet já citava
O que seria mais nobre para o espírito
Suportar os dardos do ultrajante fardo adverso?
No fim é isso: resistir para seguir
Imagem Ilustrativa do Post: LIQUID // Foto de: myshutterrocks // Sem alterações
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/photoartist63/2800234724
Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode