Eles não sabem o tamanho da nossa fome e da nossa sede e, por isso, insistem em nos desafiar com pequenos insultos e palavras fracas que só aumentam nossa intenção revolucionária de mudar todas as coisas erradas.
Eles não sabem o tamanho da nossa vontade e, por isso, ainda fazem pouco da nossa capacidade de indignação e resistência, já que, mesmo rastejando, não vamos parar a nossa marcha.
Eles não sabem o tamanho do nosso desejo e, por isso, pensam que nos atormentam com seu consumismo, com seu materialismo, com seu imediatismo, sem perceber que somos pacientes, que somos conscientes, que somos livres.
Eles não sabem o tamanho da nossa coragem e, por isso, gritam palavras de ordem, levantam seus cassetetes, usam suas canetas poderosas, operando desmandos e abusos contra pessoas humildes de rostos descobertos.
Eles não sabem o tamanho da nossa tolerância e, por isso, duvidam da nossa negritude, da nossa homossexualidade, do nosso feminismo, da nossa marginalidade, da nossa crença, da nossa diferença.
Eles não sabem o tamanho da nossa fé, não sabem o tamanho da nossa gana, não sabem o tamanho da nossa força, não sabem o tamanho da nossa urgência.
Eles não sabem quem nós somos.
Mas nós somos.
E isso nos basta.
Mais não digo.
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