Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Hoje poucos estão completos.
Falta uma parte do coração, uma parte do amor que partiu abruptamente, deixando a vida sob os estilhaços da dor.
Hoje muitos estão fragmentados.
Uma parte de si renunciou. Restou a ausência e a lembrança do sentimento de integralidade.
Hoje todos estão frágeis.
O adeus não se fez presente, o abraço ficou pendente, o sorriso para sempre guardado, a existência entre a esperança e o desânimo, a distância entre a agonia e a impiedosa resignação.
Não há como reinventar a parte que falta. Não há como preencher o lugar da parte. Apenas é possível conviver com o vazio deixado pela parte. Conviver e Ser. Conviver e Redescobrir. Conviver e caminhar em passos brandos.
O amanhã aguarda um novo sentido para a plenitude em meio a espaços vazios que de modo algum serão preteridos, mas sim apreciados pelo o olhar da ressignificação.
Imagem Ilustrativa do Post: silhouette of a woman // Foto de: Sasha Freemind // Sem alterações
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