Talvez possamos fazer uma simplificação, sempre exposta a censuras, para dizer que um dos principais desafios para um intelectual, que privilegie o conhecimento científico, é o conhecimento da realidade fenomênica (mundo natureza) e da realidade social (mundo da cultura).

Bem compreender a realidade é uma premissa necessária para nela atuar e mesmo transformá-la.

O intelectual “alienado” especula ingenuamente no nível do “dever ser” sem entender dialeticamente o plano do “ser”. Nada é estático; tudo é dinâmico e mutante.

Após escolher o objeto de sua atividade cognitiva, o cientista precisa escolher os métodos de que vai se utilizar. Aqui já pode haver uma certa “contaminação” subjetiva.

Entendo que o objeto da atividade cognitiva tem existência autônoma e independe de como o sujeito o represente mentalmente.

Aliás, provavelmente, esta representação não corresponderá totalmente à realidade objetiva observada pelo sujeito.

Por tudo isso, julgo que o cientista/pesquisador poderá encontrar o seu melhor instrumental no materialismo dialético e no materialismo histórico, dentre outros instrumentos decorrentes da prática e incorporados ao conhecimento, sempre outorgados pela ciência.  

Finalmente, cabe ressaltar que a realidade social é dinâmica e histórica, sendo necessário perceber como operam os interesses que nela se fazem sentir. Neste particular, o conhecimento da história é imprescindível.

A toda evidência, indispensável sempre será a presença de uma consciência crítica, bem como a disposição de aceitar erros e mudanças de rumo. A “verdade” é sempre provisória ...

 

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