Os Caminhos Não Acabam

09/11/2022

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

 

E um dia ao sentar na mesa do café 

Havia um guardanapo 

Deixado por quem ali sentou antes de mim 

Como num ato de fé 

 

Escreveu com a caneta tinta azul 

Mas os caminhos não acabam...

Guardei para tirar uma foto 

Do pequeno pedaço de papel 

 

Na complexidade da vida

Há pequenos fragmentos que nos saltam aos olhos

Possibilitando refletir sobre as escolhas 

Os caminhos, as voltas 

 

Os contornos e entornos

A dialeticidade da contemporaneidade 

As agruras e dores expostas

Em um mundo por vezes sem respostas 

 

Sem respostas para o caos 

As necessidades 

Angústias latentes 

Mas que nos força reiteradamente 

 

Cotidianamente

A buscar caminhos que preencham nosso ser

Que tarefa difícil 

Imprevisível 

 

A capacidade humana de adaptação 

Ressignificação

Nunca foi tão urgente e expressiva 

Causando dores e angústias 

 

Temores e dissabores

Mas sobretudo tentativas de saída 

Outros horizontes 

Novas perspectivas 

 

Que possamos ter um acalento no caos 

Abraçar as fragilidades e nos cobrar menos

Compreender a existência de forma singular

Pois os caminhos não acabam...

 

Imagem Ilustrativa do Post: Anoitecer em Mundaú // Foto de: Otávio Nogueira // Sem alterações

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