Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
E um dia ao sentar na mesa do café
Havia um guardanapo
Deixado por quem ali sentou antes de mim
Como num ato de fé
Escreveu com a caneta tinta azul
Mas os caminhos não acabam...
Guardei para tirar uma foto
Do pequeno pedaço de papel
Na complexidade da vida
Há pequenos fragmentos que nos saltam aos olhos
Possibilitando refletir sobre as escolhas
Os caminhos, as voltas
Os contornos e entornos
A dialeticidade da contemporaneidade
As agruras e dores expostas
Em um mundo por vezes sem respostas
Sem respostas para o caos
As necessidades
Angústias latentes
Mas que nos força reiteradamente
Cotidianamente
A buscar caminhos que preencham nosso ser
Que tarefa difícil
Imprevisível
A capacidade humana de adaptação
Ressignificação
Nunca foi tão urgente e expressiva
Causando dores e angústias
Temores e dissabores
Mas sobretudo tentativas de saída
Outros horizontes
Novas perspectivas
Que possamos ter um acalento no caos
Abraçar as fragilidades e nos cobrar menos
Compreender a existência de forma singular
Pois os caminhos não acabam...
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