Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Adoramos a magia da imagem
Nos enganam em feitiços, aceitamos
Idolatramos a distorcida verdade; as inverdades
Somos servos do performático; clamam por distração, são os magos da tentação
Nos curvamos como ferro em brasa,
passivamente nos entregamos aos senhores da ilusão.
Veneramos uma proposta suicida,
Mergulhamos no doentio panoptismo,
Adentramos fundo a areia movediça do alheio,
Entregamos de bandeja nossos ossos ao experimento.
Erotizamos a justiça, o radicalismo, o hiperativo, o berro possuído
Nos deixamos enganar por imagens coloridas
São arapucas aos distraídos,
O entretenimento do sofrimento se faz assim
O desimportante nos é conveniente.
Enquanto uns (re)arrajam suas fortunas para explorar Júpiter,
Entre nós, há homens que não se sabem homens,
Lhe faltam nome, lhes falta Terra.
Cúmplices do amalgama de catástrofes!
Afinal, qual a diferença entre corpos jogados às margens na guerra,
E os corpos esquecidos à morte desta era?
Imagem Ilustrativa do Post: black chair on gray floor photo – Free Barcelona Image on Unsplash // Foto de: Ferran Fusalba Roselló // Sem alterações
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