O ano que se encerra não foi nada, absolutamente nada fácil. 2018, por inúmeras razões nos levou a tempos sombrios. A desesperança marcou a vida de todos que lutaram e apostaram em um país mais justo e igual. Nem por isso deixamos de lutar e, mais do que nunca, precisaremos estarmos unidos em nome da almejada e verdadeira democracia, da justiça social e da igualdade. Os direitos humanos cedo ou tarde prevalecerão.
Em 2019 eu quero a benção de Celso Antônio Bandeira de Melo, quero o afeto de Weida Zancaner. Quero beber na fonte de Juarez Tavares e quero ler todas as colunas de Lênio Streck. Quero continuar escrevendo com as incansáveis guerreiras Gisele Citadino e Carol Proner, ao som de Chico, claro. Quero a pujança e o brilho de Gabriela Araújo.
Quero o óbvio. Quero que a Constituição da República seja respeitada e os direitos e garantias efetivados.
Quero um processo democrático e constitucional na esteira de Geraldo Prado, Jacinto Coutinho, Aury Lopes, Romulo de Andrade e Gustavo Badaró. Quero a inteligência crítica de Afrânio Silva Jardim. Quero aprender a teoria dos jogos com Alexandre Morais da Rosa. Quero o fim do Estado Pós-democrático, quero Rubens Casara feliz. Não quero conversar com fascistas, quero ler e ouvir Marcia Tiburi.
Quero que a Defensoria Pública seja cada vez mais forte como Pedro Carriello e Renato de Vitto. Quero a sensibilidade de Marcelo Cattoni. Quero a lealdade e o apoio de Fabiano. Quero o acolhimento de Caio Leonado, Jader e Saliba. Quero a alegria de Reinaldo e de Bruno Salles. Quero a lucidez, a força e a beleza de Ana Amélia, Angelita, LU, Jéssica e Daniela Teixeira. Quero a fina ironia de Tardelli.
Quero a Justiça de braços abertos para acolher os vulneráveis e os miseráveis, diuturnamente injustiçados.
Com Tenembaum, quero manter a esperança. Quero ler Márcio Sotelo. Quero ser Nobre como Marcelo. Quero Kakay cantando. Eu quero ter um milhão de amigos... Quero a inteligência de JEC e a competência e bravura de Toron. Quero a cabeça de homem e o coração de menino de Fabio Tofic. Com Pedro Serrano, quero lutar contra o autoritarismo e o Estado de exceção.
Quero resistir com a fidalguia de Luís Carlos Moro. Quero a leveza e a envergadura de Antônio Melchior e o olhar crítico de Eder Bonfim. Quero guerrear ao lado de João Dornelles e Graziano. Quero me sentar ao lado de Juliano Breda, Roberto Podval, Luís Guilherme e Guilherme Batochio para defender o Estado de direito. Quero abraçar Luiz Pacheco e Leonardo de Paula. Quero a participação de Luciana Boiteux, Mirian, Esther, Simone e Carmén. Quero as críticas de Tomelin. Quero ouvir a voz de Hugo Leonardo. Quero o olhar de Margarida. Quero a sagacidade de Gabriel Lira e a amizade de Gabriel Sampaio. Quero Paulo Teixeira e Rui Falcão nos representando.
Quero ser presumido inocente, conforme determina a Constituição da República.
Quero me encantar com as sustentações orais de Técio Lins e Silva. Quero a volta do grande Nélio Machado, do incansável Cristiano Zanin Martins e da obstinada e querida Valeska. Quero a crítica criminológica de Maurício Dieter. Quero a volta, sem rolo, de Luciano Rollo.
Quero que se faça justiça a Kenarik. Quero a determinação de Magda e Maria Goretti. Com Ney Strozake, quero lutar pelos movimentos sociais. Quero aprender com Gilberto Bercovici e Ricardo Lodi. Quero a visão cirúrgica de Alamiro. Quero a amizade de Beatriz, Juliana, Fabiana e Simone. Quero estar junto com Eleonora Nacif e Maronna. Quero a irreverência de Fernando Fernandes.
Quero liberdade, igualdade de justiça social.
Para coroar tudo isso e para que possamos, no próximo ano, continuarmos de mãos dadas na luta pela democracia, pela igualdade e pela liberdade, quero a liderança, a paciência, a temperança, a habilidade, a inteligência e a humanidade de Marco Aurélio Carvalho.
Com Bárbara, como diz o poeta, “quero a sorte de um amor tranquilo...”
Quero a grandeza e a força do Prerrogativas. Quero que aqueles que não foram mencionados ou se sentiram injustiçados, desde já me perdoem.
Quero que continuemos juntos. Por fim, como diz a canção eu quero “plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais”.
Imagem Ilustrativa do Post: justice // Foto de: Jan Vadja // Sem alterações
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