Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Avistei com olhos de águia tua chegada que me causou incômodo, que inquietou meu corpo ainda em processo de embriaguez. Nossos corpos se encontraram em um gesto autêntico de cumprimento.
Observava cada movimento teu disfarçadamente após cada gole daquela bebida espumosa com leve sabor amargo.
Compulsoriamente controlava meu corpo que insistia em me direcionar para tua imagem que me causava uma estranha ilusão de ótica cheia de tesão.
Surpreendido com aquele aceno de chamamento me direcionei ao encontro do teu corpo como ímã carregado de energia. Meus olhos me direcionava a contemplar aquela carnuda boca que ornamentava teu rosto reluzente de beleza.
Troca de palavras foram incrementando aquele encontro de corpos, beijos molhados de saliva com sabor cevado, que foram nos envolvendo e nos causando desejo de permanecer conectados por aquele momento que tinha cor de noite e aroma de dia quente.
Nossos corpos levemente embriagados eram encaminhados para um percurso de final de noite. Tomamos as mãos e as nossas digitais desalinhadas se desencontravam no caminhar daquela rua asfaltada de bermas amarelas.
Teu lar com aroma acolhedor nos recebeu despidos de corpo e alma. Aquela água que escorria pelo o corpo causando sensação de alívio e descanso, lavou meu peito que acolheu teu rosto sonolento. Dividimos o mesmo lençol de algodão, macio com cheiro de noite de inverno.
Desejo, tesão e toque, o dia se apresentou. O cheiro de café tomou conta daquela cena composta por dois homens e dois felinos com laço de fita.
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