Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Através de algumas abordagens sobre felicidade – algumas mais sensíveis outras não – compreendemos de fato o que seria nossas próprias reflexões acerca do que é se sentir feliz de fato. Há um silêncio sobre não ter propósitos para se almejar, esse talvez seria o maior medo de um ser humano, a julgar pelo seu contexto, suas falas, suas ações. Esses estímulos que impulsionam o ser humano a enfrentar as possíveis dificuldades da vida, que surgem e são sentidos por um determinado tempo, ou os que acabam por tratar os sentimentos de uma sociedade como nada, pode ser uma alegria e ao mesmo tempo um controle para muitos, aquele típico nada vai dar certo, o emprego cansativo, as injustiças sociais etc. Existe na mente humana compilados, existe uma noção que podemos alcançar uma felicidade que sempre exige mais de nós, que nem sequer para, para saber como estamos. E aí eu lembro e recorro a Rubem Alves (1933 – 2014) que traz em sua fala em uma entrevista fantástica[1], onde ele cita Bertolt Brecht (1898 – 1956) e fala sobre o seu poema “felicidades”, no plural mesmo, essas pequenas coisas simples, mas não simplórias em sentimentos, mas não descartáveis da memória, mais fiéis ao nosso íntimo. É como se a felicidade estivesse em pegar um carro e subir uma serra ao som de Alceu Valença, é naquele barulho de chuva na telha de barro, é na sessão de terapia que você sai renovado e pronto pra navegar esse barco que é você. É como se a felicidade morasse aí, mas ela não mora, o que mora são os momentos bons, e que você sempre reme com eles.
Notas e referências
[1]PROVOCA, provocações – Rubem Alves. YouTube, 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VASben3f4GM
Imagem Ilustrativa do Post: the blue boat // Foto de: Frayle // Sem alterações
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/sohura/37539424296
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