Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Eu amo amar nuvens.
Tão volúveis, tão imprevisíveis!
Quem assegura, sem ressalvas,
Que choverá amanhã?
Eu amo amar nuvens.
Tão voláteis, tão indisponíveis!
Quem poderia lhe delimita-la
Em padrões, ou caixinhas?
Ora tempestade, ora temperança.
Ora calamidade, ora bonança.
Oh! Nuvem, não fique acanhada.
Sou leal em minha admiração!
Tu adquire qualquer formato,
menina, mulher, homem, o que couber.
Tão livre, solta e fugaz ao som dos ventos,
A sua voz é mel no meio do tormento!
Às vezes, eu me assusto,
Outras tantas, acho que não te agrado.
Seria irreal me apegar ao intocável?
Guardo-te no empório do inesperado.
Eu sou chão e você flutua.
É uma pena minha nuvem,
Tu apenas gostaste de nuvens,
Assim como você.
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