Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
não sem surpresa. não recebi suas mensagens. ao meio do caminho houve uma interceptação. fomos apanhados. aquele plano de criar uma comum unidade fora descoberta. mas há noticiais de que em uma ilha mora um cavaleiro escritor. ele também tem problemas com as regras de pontuação. não quer pontuar e vencer. típico dos comuns. há um outro que vive em meio a uma mata. sua casa tem janelas que dão para o nada. e o nada que dá para a próxima pessoa que chega. uma casa sem portas ainda seria uma casa? bom. assuntos comuns. é impossível o azul quando vem embalado em potes nominais. por vezes tendo a pensar que o amor é inominável. de certa maneira. aquilo que é comum. lembra como havia amores espalhados pelos amarelos na Toscana? essas notas encontradas. interceptadas. dão o tom dessa coisa toda. só um Caetano mesmo. “todo mundo quer saber com quem você se deita. nada pode prosperar”. mas dá última vez eu prometi parar com as canções. não sei cantar. na mesma medida. não sei usar telégrafos. mesmo assim. não consigo parar de enviar essas remessas. um quase diário da viagem que aconteceu em uma via iluminada por um azul celeste celestial. risos. vem escorrendo pelos poros essa ânsia de descumprir as regras. on the road. é o livro que gostaria de ter escrito se não fossem as interceptações diárias.
P.S. envio essa nota sem remetente para evitar os espiões. o mundo anda tão complicado. essa é uma canção da legião urbana. um beijo.
Imagem Ilustrativa do Post: Water // Foto de: Lennart Tange // Sem alterações
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