Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Já não mais sei
O que esperar de mim,
O que esperar de nós(?)
Doei-me por inteira, e
Perdi-me em teus falsos encantos
Maldosos e prepotentes,
Era tudo um engano.
Já não mais sei
O que esperar de ti.
Não mais estamos a sós.
Coloquei-me em evidência,
Livrei minha consciência,
Tirei-me dessa insolência, que
Tanto me iludia, tanto me desolava,
Tanto me torturava, e que, por anos,
Alimentava sua violência.
Já não mais sei o que esperar de mim.
Hoje, não mais existe “nós”, apenas registros,
Confusos e vazios, de
Quando estivemos a sós, de
Quando existia um “nós”, de
Quando calastes minha voz, de
Quando o amor ainda pairava, de
Quando você ainda me amava e
Considerava a mulher que lhe acompanhava.
Já não mais sei o que aqui escrevo,
Já não mais sei em que acreditar.
São tantas memórias, tantos acontecimentos.
Tantas idas e vindas, tantos momentos.
Já não mais sei o que esperar de mim,
O que esperar de ti,
O que esperar de nós.
Não mais estamos a sós.
Enfim pude desatar os nós, que
Me prendia
A você.
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