Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Sois objetos de desejos vitorianos
Olhos de gerânios
Inflorescências de uma alma pendente
Na metafísica do artista
Suas raízes na lama do eu, ressignificam seus passos desde que pisastes em sete flores de lótus
Budas, bundas, seios fartos
Orgias de Dioniso
Que encontrou uma única pétala de crisântemo no fundo da taça de vinho
Terás vida longa e saudável
Poderia ser curta e doente e, ainda assim, vida
Como um inseto que cai da árvore na cidade grande e é atropelada por um veículo
Quem está no lugar errado?
Venha para o bambuzal
Gostarás.
Entraremos detrás da moita
De heras-inglesas
Nascidas hidropônicas
Força vital das plantas nas inflorescências das zínias
Existenciais que superam o passado remoto
Flores inscritas na pele da cobra rastejante
Coragem emergente do jardineiro fiel no cultivo de suas flores de ouro
Atraem beija-flores.
Muitos nos pórticos enfeitados com os sapatinhos de judia e flores de São Miguel. Caramanchões de peônias, rainha das flores, flor de riquezas
E honra na justiça do seu olhar de lince
Floração de corações rosáceos, vibrantes e vivos no mergulho da vontade de viver
Que se alegra
Na noite pálida de mais um aniversário
Para não passar em verdes paisagens
Reconstrói-se nas pontes e nos labirintos de Narciso
Protótipos ou paradigmas de um recomeço da decadência auto terapêutica
Caminhos do Egito, da Índia, das trilhas esotéricas nos lajeados portões da insegurança coletiva de uma quimera do viver
Sou e tu és flores da vida.
Imagem Ilustrativa do Post: Flor... // Foto de: Gabriel F Fontes // Sem alterações
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