Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Seria, talvez, distopia
Se nós mulheres não sentíssemos na pele todo dia
Injustiça, exclusão e hierarquia
Aumentando ainda mais nossa agonia
Vivemos como se buscássemos a bendita alforria
Reconheçamos, nas mulheres
As mãos que suportam o mundo e carregam flores
Ingredientes que nutrem de todos os sabores
Simbologia do regaço acolhedor que dissemina valores
É garra, exemplo, luta e fé
Loucura, silêncio, grito de uma voz que permanece de pé
Amparo, apoio e repúdio a tudo que te afasta do que quer
Abraço, braço e pulso firme remando em qualquer maré
Rastros históricos de uma eterna superação
Não se distinguem por raça, são uma nação.
Mesmo que pela cor da pele ocorra certa objeção
Branca, Negra, Mestiça ou azul
É o seu ventre que gera e procria do norte ao sul
O seu coração é o próprio AmarElo
Seu colo a defesa para qualquer flagelo
Sutileza e nobreza dignas de um castelo
Mas, a humanidade fez delas um paralelo
Por tudo isso ... remodelo
Anelo
E espero
Que percebamos que somos todos, um único elo.
Respeitando a idiossincrasia
Falemos em polifonia
Ser mulher, é ser harmonia
Mesmo com tanta avaria
Permaneçamos sorrindo com alegria
A força é nosso prato de todo dia.
Para que em plena primavera
Acreditemos numa nova era
Em que a mulher se considera
Muito mais do que a sociedade impõe e espera!
Somos o ar dessa atmosfera.
O porvir passado e futuro formam nossa quimera.
Somos halo do amor genuíno que prospera!
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