Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Disseram que estou louca
Que só vejo ruindade
Não enxergo a beleza,
Que estou amargurada,
Vivo reclamando de cabeça baixa,
Tô sempre apontado uma podridão!
Meus amigos, não se preocupem!
Já fui no doutô
Disse que enxergo bem e não há problemas de dentro!
Me receitou chá de boldo e a revolução.
É que vivemos num tempo de insensatez,
Me afeto pelos arredores e me sinto ainda viva, pulsante!
Não confundam minha revolta com seus fantásticos berros!
Quem está doente são vocês, meus amigos!
Que abraçam a bandeira e gozam por prisão!
Que se escravizam em nome de uma figura vil!
Já se cegaram e estão dormentes!
Quem sorri em terra arrasada foi consumido, está noutra dimensão!
Me errem meus amigos!
Quero chorar pelo meu país, quero minha bandeira de volta!
Quero me indignar e protestar meus amigos!
Ainda não perdi a sensibilidade,
Não deixarei que me contaminem, meus amigos!
Preciso de lucidez e não insensatez!
Imagem Ilustrativa do Post: silhouette of a woman // Foto de: Sasha Freemind // Sem alterações
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