Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Mato
Sempre que mergulho nas profundezas dos seus olhos castanhos, sou tomada pela fúria dos desejos mais intensos e sublimes.
Ao mesmo tempo, a serenidade domina o meu ser, criando uma inexplicável e peculiar dualidade.
Quando as suas mãos tocam suavemente o meu corpo, sinto a expressão dos caminhos desbravados, lentamente, percorrendo uma trilha infinita.
Os poetas defendem que o amor é a utopia dos encantados, mas eu afirmo que é a máxima união do que há de melhor em dois seres.
A unidade bela e indestrutível de dois imperfeitos.
É a simbiose da nossa pele e do nosso cheiro, formando uma alquimia de sensações e sentimentos, traduzindo a essência do nosso coração, ora sensível, ora incandescente.
É o cheiro do seu café que toma conta da casa. É o som dos seus treinos de paradiddles.
É o levitar de todas as manhãs.
É a risada escandalosa e desajeitada.
É aquele abraço em que fico na ponta dos pés.
É o aconchego da madrugada.
É o seu corpo que me abriga.
É você cantando Johnny Cash no banho enquanto acompanho a letra pelo quarto.
É o seu perfume impregnado em meu corpo.
É o apoio incondicional, o incentivo diário e a fortaleza que me acolhe.
Talvez, o amor seja essa palavra curta e sem uma explicação concisa e bem definida.
Ou talvez, apenas transborde e invada os amantes, sem hora marcada e sem pedir licença.
Imagem Ilustrativa do Post: Apaixonados // Foto de:Emanuel De Costa // Sem alterações
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