Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Todas as vezes que eu fiz poemas
o lenitivo era os seus olhos
cada letra que pingava compunha o organismo vital do mundo
do meu mundo.
Na vírgula,
dicionarizei mais que a inflexão da minha voz que narrava
fui capaz de comungar e digerir o que eu mesmo era
Acolhi o rio que corria em mim
e só assim compreendi que todo e qualquer ponto,
mesmo que seja um ponto final
não tem fim.
A Ortografia é mesmo assim
o que se lê
nem sempre é igual ao que se consegue vê
o significado nem sempre é o mesmo da sua derivação grega: “ortho”.
Mas sempre é “gráphos”:
a escrita das tantas (in)existências.
O sangue
um improviso
O sopro
Carne da minha carne
Laboratório de forças
que tomam forma de cordão energético
Replicam-se!
Alimento-me do que vejo refletido no espelho da menina de seus olhos
Escutem!
A resposta é complemento
Antes disso, e de tudo isso
Sentir...
transfusão não só de ideias e ideais,
mas de esperança!
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