GUARDADOR DE VELHOS PAPÉIS

29/03/2023

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Uma vez
alguém me disse
que eu era
um guardador
de velhos papéis.

Não sabia
a pessoa
que a primeira carta
da minha avó
(vinda da Paraíba)
eu sangrava e lia.

O papel era lâmina
e cortou o mindinho.

Perdi aquele papel
e o envelope verde-amarelo
e não me perdoei.

Junto todos os papéis
que hoje podem valer
pela carta que perdi
na infância.

A carta
da minha ancestralidade
pesa imensamente.

 

 

Imagem Ilustrativa do Post: Rememoranza de romanticismo // Foto de: Andrea Jara Saavedra // Sem alterações

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/estrellas_remotas/2849204860

Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

Sugestões de leitura