Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
“José morreu, minha mãe”
Em um dia assim qualquer /
Acordado de olho, mas adormecido por tudo /
Depois de um mar de tempo / depois da pena, sem pena, uma pena /
José não voltou /
E uma revolta retumbante chegou /
Como se tudo acabasse ali, naquele lugar /
Pensei no fim, enfim não mais viver /
Estão lá, esquecidos /
Estão lá, mal vestidos /
E o peso da vida /
E o peso da estrada /
Culpa? não se sabe / talvez desse mundão de Deus /
E os anjos seguem caros na feira do pão /
Muito fácil de odiar e tão difícil de amar /
Não fazer é matar / matamos um mundo /
Existia um ser despedaçado, porém íntegro /
Existia uma criança / um velho/ uma mulher / um homem /
Um homem-mulher / uma mulher-homem /
Existiam 256 odus de mãos dadas com uma santíssima trindade.
Existia um mundo inteiro por trás daqueles tristes olhos...
Imagem Ilustrativa do Post: Esta fotografia é uma de minhas favoritas. Participei há uns três anos, à convite com outros colegas fotógrafos, de uma exposição fotográfica beneficente organizada pelo Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção - CRIA, onde as imagens tinha co // Foto de: RAONI BARBOSA // Sem alterações
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/raonisbarbosa/32816335303/
Licença de uso: https://creativecommons.org/publicdomain/mark/2.0/