Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Enuncio,
E quando o faço, miro não em vocês, Doutores em má-fé.
Menos ainda focado em juramentar gozo de perdão.
Enuncio, única e exclusivamente, para o meu abono.
Um louvor egóico, do qual sou ao mesmo tempo remetente e destinatário.
Por isso, o nós, em mim, que outro vê, não corresponde à persona daquele que diz me achar.
Muito menos daquele que sempre em si me busca.
Se te arde a angústia da liberdade, não é com você que trato.
Fundo e insolente demais para se preocupar com tal retórica.
(exceto talvez para entretenimento)
De outro lado, a tábula rasa, a folha vazia,
A persona repleta de paradoxos, descabido rigor e permanente inocência,
Aquele tipo mesmo, sempre na moda, no modo, no molde
Amoldado e sentenciado pelo pó do solo, pela costela, de todo modo,
Como se justifique, lhe concedo gratuita e livremente, a ordem geral:
Da justiça da forma, seu credo precisa sair.
Mas o hábito muito conforta,
E no que me cabe,
Sou pleno em pensar que não o firo.
Imagem Ilustrativa do Post: negativos // Foto de: Pexels // Sem alterações
Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/pel%C3%ADcula-de-filme-negativos-1850277/
Licença de uso: https://www.pexels.com/creative-commons-images/