ENUNCIADO EM FOTONEGATIVO

22/01/2020

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Enuncio,

E quando o faço, miro não em vocês, Doutores em má-fé.

Menos ainda focado em juramentar gozo de perdão.

Enuncio, única e exclusivamente, para o meu abono.

Um louvor egóico, do qual sou ao mesmo tempo remetente e destinatário.

Por isso, o nós, em mim, que outro vê, não corresponde à persona daquele que diz me achar.

Muito menos daquele que sempre em si me busca.

Se te arde a angústia da liberdade, não é com você que trato.

Fundo e insolente demais para se preocupar com tal retórica.
(exceto talvez para entretenimento)

De outro lado, a tábula rasa, a folha vazia,

A persona repleta de paradoxos, descabido rigor e permanente inocência,

Aquele tipo mesmo, sempre na moda, no modo, no molde

Amoldado e sentenciado pelo pó do solo, pela costela, de todo modo,

Como se justifique, lhe concedo gratuita e livremente, a ordem geral:

Da justiça da forma, seu credo precisa sair.

Mas o hábito muito conforta,

E no que me cabe,

Sou pleno em pensar que não o firo.

 

Imagem Ilustrativa do Post: negativos // Foto de: Pexels // Sem alterações

Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/pel%C3%ADcula-de-filme-negativos-1850277/

Licença de uso: https://www.pexels.com/creative-commons-images/

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

Sugestões de leitura