Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
No inicio, não tínhamos versos.
Apenas havia a imensidão do espaço.
Depois é que veio o Traço
Formando os corpos
Que passaram a habitar toda parte.
Entre o dito e o não-dito,
Somos a expressão da arte.
É essa ideia de gente,
A nossa própria cara.
A história é o laço da escrita,
Que plantou nossas raízes sobre a Terra.
O talentoso Orfeu,
Um verso faz nascer.
Sua comunhão com a natureza:
Outro modo de ser presente.
O meio é quem traz
O véu da dessemelhança.
O fim só existirá
Se encontrar
O novo começo.
Ó, alma minha,
Acrescente todo acalanto
A esses pobres versos.
A lira que faz amar
Sem que me permita olhar para trás,
Revelando, assim,
Aquilo de que somos capazes:
Dormiremos versos
E acordaremos versificados.
Imagem Ilustrativa do Post: Try Poetry // Foto de: Michael Chen // Sem alterações
Disponível em: https://www.flickr.com/photos/fillmorephotography/326659295
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