ENQUANTO QUEIMAVA O OVO, CLARICE    

18/09/2020

 Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Observo o invisível

Enquanto o  ovo queima.

A angustia adormece.

O som  se preenche de silêncio.

Existência incandescente

Divaga sem norte.

 

Emoções são labaredas.

Entre correntes são Ilusões.

Evapora a vida

Sufoca o coração.

 

Agora, não mais...

 

Na finitude a casca perece ao vento.

A alma insone aquieta-se.

Dissolvem-se o verbo, o verso, o tempo.

Desnudam-se as sombras.

Surge   luz na escuridão.

 

Retornas a essência

Estrela pulsante, onisciente.

Longínqua, plena.

Ecoas no infinito.

 

 

Imagem Ilustrativa do Post: ovos // Foto de: monicore // Sem alterações

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