Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Estatisticamente o termo mais usado nas redes sociais na atualidade
otimizado ainda, pelo caos pandêmico
o que implacavelmente evidencia o vazio humano
escancarando a entrega fútil às sensações sem propósito
e às culturas epicuristas subtilizadas
posições e discursos que convêm e acalentam nossos nervos cerebrais
Abdicamos do esforço da compreensão?
Renunciamos ao modo da contemplação?
Erguemos muros de uma vã filosofia entre nós?
Rechaçamos todas as possibilidades de outras realidades que distam das nossas próprias sensações
encobriu-nos um grande crepúsculo de uma pseudoerudição que sentimos
que é nutrida por uma forte dedicação aos débeis entretenimentos.
Apreciamos exclusivamente a estética da vida
uma vida de encaixes, completamente estereotipada
e assim, nos deparamos com o abismo
obcecados por felicidade e satisfação instantâneas
criamos a dor para evitar sentir a própria dor.
Talvez, tudo isso seja tão somente a assunção de uma total inconsciência
uma ausência de fé do humano para com a humanidade que pertence
uma solenidade que registra o quão alheios e indiferentes estamos aos tantos mundos existentes
falta reconhecimento
falta respeito
falta sensibilidade.
Uma revolução empática, é o que conclamamos!
Desejando que a desconstrução se faça
como movimento de contração e expansão, de dentro para fora do próprio significante almejado:
a empatia!
Através do (im)perfeito deslocamento de posturas
ao encantamento de uma remodelagem nada linear de ideais
Que as pandemias de doenças, deem lugar às pandemias de compaixão e alteridade
Afinal, como afirma Fernando Pessoa
“O coração, se pudesse pensar, pararia.”
Imagem Ilustrativa do Post: hands formed red heart // Foto de: Tim Marshall // Sem alterações
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