Este massacre em Paraisópolis, São Paulo, bem demonstra o perigo desta "onda militarista".
Não há como negar tratar-se de uma ação equivocada e resultante de uma deliberada “estratégia” de usar a força desnecessária para reprimir uma atividade de cunho popular do “povo das periferias”.
Pode-se afirmar que foi uma barbárie dos agentes militares, truculentos e despreparados, contagiados por preconceitos das classes sociais privilegiadas.
Alguns destes homens são toscos e violentos. Como pode o governo federal pretender que eles dirijam e fiscalizem as nefastas escolas civis-militares??? Tal inusitado escopo cumpre fielmente o receituário fascista.
Militares são doutrinados e treinados para serem agentes públicos truculentos e insensíveis às diversas condições humanas. Na verdade, não estão eles aptos para desempenhar corretamente a importante e necessária atividade policial, que tem a indiscutível natureza civil.
Onde estão as "forças-tarefas" do Ministério Público??? Se a "corrução mata" (muito indiretamente), as polícias despreparadas e sádicas matam diretamente. Em Paraisópolis, mataram nove jovens, ainda que indiretamente.
Vejam as estatísticas referentes à letalidade decorrente das atividades das polícias militares neste ano.
O povo não pode admitir este massacre. O povo não pode viver acuado e ameaçado. O povo não pode aceitar ser escorraçado !!!
Esta onda punitivista, esta onda militarista e o discurso autoritário de alguns governos vão nos levar a conflagrações populares de graves e indesejáveis consequências.
É preciso resistir a este estado de opressão!!! Custe o que custar.
Humanistas e democratas verdadeiros devem se unir em prol dos melhores valores fundantes de nossa civilização.
Cabe aqui repetir que a sociedade não pode continuar ameaçada por intervenções militares, humilhada e acuada por alguns policiais militares despreparados, violentos e sádicos.
É espantoso o corporativismo destas polícias. Antes mesmo de qualquer investigação, seus "porta-vozes" já "inocentam" os policiais militares de qualquer responsabilidade penal !!!
Não resta dúvida de que toda esta forma truculenta de fazer polícia é uma ressonância do que o tosco presidente da república e alguns governadores incentivam publicamente.
Por isso, também as forças armadas devem ficar distante desta atividade civil, qual seja, manter a ordem pública interna.
As forças armadas não são treinadas para manter a ordem e fazer prisões, mas sim para eliminar o inimigo externo. São treinadas para matar.
Chega de ameaças de intervenções militares em nossa vida política!!!
Chega de opressão e constrangimentos às nossas instituições democráticas!!!
A nossa combalida democracia continua ameaçada pelo autoritário "poder militar".
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