Quando estes textos forem publicados, nesta coluna, já teremos o resultado definitivo dessas importantíssimas eleições para a presidência da nossa república.
De qualquer forma, o que escrevemos dias antes, qualquer que seja o resultado, tem inteira atualidade. O diagnóstico feito abaixo e a dicotomia que apresentamos em seguida têm pertinência independentemente do que restou decidido nesta disputada eleição. Vamos, pois, aos nossos textos.
1) A NOSSA SOCIEDADE ESTÁ DOENTE!!!
As pessoas estão infantilizadas;
As pessoas estão ficando idiotas:
As pessoas estão cultivando a ignorância;
As pessoas não querem saber de racionalidade;
As pessoas estão se tornando presas fáceis dos oportunistas;
As pessoas estão alienadas e nada sabem; pior, não querem saber;
As pessoas não estudam e não gostam de ler, preferem ficar dedilhando celulares para verem se são notadas;
As pessoas estão sendo induzidas a ficar descrentes da ciência e crentes de mistificações;
As pessoas estão ficando ruins e perversas e já não defendem valores como solidariedade e generosidade, embora digam que são cristãs;
As pessoas estão deixando de ser pessoas, estão perdendo a sua humanidade;
As pessoas preferem votar no capitão truculento, sem instrução e despreparado a votar no professor universitário, mestre em economia e doutor em filosofia;
As pessoas ... Onde estão as pessoas ???
2) NA VERDADE, DECIDIMOS ENTRE:
Um miliciano ou um professor;
A barbárie e a civilização;
A truculência ou a razão;
O autoritarismo ou a democracia política;
A destruição ambiental ou a proteção do meio ambiente;
A concentração da renda nacional ou a distribuição da renda entre os mais pobres;
Uma sociedade onde poucos têm muito e muitos têm pouco ou uma verdadeira justiça social, onde haja vida digna para todos;
O fanatismo religioso ou o conhecimento científico;
O poder militar ou o poder civil;
A educação informal ingênua e ou a educação crítica;
O conhecimento histórico mistificador ou a história real, contada pelos vencedores e pelos vencidos;
Um sistema de direito autoritário ou o Estado Democrático de Direito;
Um falso moralismo ou uma moral cunhada pela cultura popular e histórica;
Uma juventude com velhos valores e conservadora ou uma geração de jovens críticos e criativos;
A perseguição social das minorias ou a convivência pacífica dos diferentes;
A relativização dos direitos ou a proteção dos direitos fundamentais das pessoas e dos direito sociais;
O capital ou o trabalho;
A “cultura” do individualismo, do consumismo e do lucro ou a “cultura” da generosidade, da cooperação e do social;
Uma ditadura militar, ainda que disfarçada, ou uma sociedade sem tutela militar e regida pelas instituições de um Estado Democrático de Direito;
Enfim, entre um povo domesticado, influenciado por um Estado retrógrado e uma mídia empresarial ou um povo capaz de criar as condições sociais e objetivas para ser feliz.
Vale dizer, temos de decidir entre o capitão truculento e o professor universitário Fernando Haddad.
Imagem Ilustrativa do Post: Terminal e urna eletrônica // Foto de: TRE - RJ // Sem alterações
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