Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
A cada dia, as partidas aumentam. São 1188 pessoas indo embora, sem despedidas. É um quadro desolador que já encontrou o seu pico em uma montanha russa de emoções.
Do medo a agonia, vou vivendo cada dia e contando os milésimos de segundo para ser livre em um "novo normal".
Queria escrever linhas leves,palavras doces, desplumar da realidade, mas o dever social de quem escreve sob a vida e a morte é maior. Estamos caminhando sobre vidas e mais vidas.
É desolador contar, dia após dia, as despedidas que se aglomeram. Triste é perceber que poderemos perder e nos perder, desmoronar nos escombros dos valores que defendemos.
Não venho aqui cantar o amor como solução,nem mesmo a dureza da vida. Eu canto a realidade de quem fica do medo que nos aprisiona na expectativa de um amanhã melhor.
As dores passam, assim como o alívio de sobreviver aos dias de hoje. Tudo, um dia, será memória de quem terá a coragem de contar a história.
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