DA VIDA E DOS SEUS ENSINAMENTOS: A MATRIZ DA VIVÊNCIA EXPERIMENTAL-SINTÁTICA

10/12/2021

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Ei, você aí, do outro lado da tela [...]

Já parou para pensar na palavra “viver”? Se não, deixe-me apresentá-la de uma forma que talvez você nunca (ou) viu — então, [numa perspectiva para além do que os olhos v(e)em]!

Essa palavra carrega duas palavras de um mesmo verbo: (o) ‘’ver’’, ao passo que faz ‘’reviver’’ (revi – ver) um longo e rico caminho de experiência de, na e para a Vida.

Parece complicado?

É simples e eu posso explicar: eu (o) “vi”, mas não garanto você (o) veja, pois é preciso (querer) “ver” (tal como o vi).

Ainda não compreende?

Explico, d’outro modo – ainda como o vejo.

“Vi” a Vida passar e quero vê-lA (“ver” + “elA”) passar mais uma – ou, quem sabe, duas, cinco, cem, o prazo que a mim for concebido – vez. Não hoje – nem amanhã –, mas sempre (sempre que possível). Porque uma coisa sei: a vida passa, e passa depressa – e, em um piscar de olhos, a hora passou.

A premissa é – em sua complexidade – simples e verídica: num dia, estamos vivos e festejando – celebrando a Vida. No outro, poderemos não mais estar vivos ou festejando.

A vida passa – e passa depressa –, mas ensina, ensina-nos a ‘’viver’’: eu ‘’vi’’ e espero que você também possa e queira (o) ‘’ver’’.

E por que não querer viver (-a-Vida), sabendo que, em poucos dias – meses, anos, décadas – poderemos ‘’reviver’’ (ou seja, viver mais uma vez) o que vimos, sentimos, fizemos, no hoje, no agora, no presente?

Nunca uma frase fez tanto sentido: reviver é viver, mas d’outra forma (porn vezes, mais ou menos intensa) e n’outro tempo – o futuro que retorna ao passado como um visitante d’outra temporada...

Reviver é viver: eu re-vi (assim, pude re-viver) que viver é o viver mesmo.

E a Vida ensina, ensina-nos a ‘’viver’’, ‘’vi’’-‘’ver’’: eu ‘’vi’’ e assim o quis (‘’ver’’).

Mas compreendê-lA é um desafio a mais: é preciso – talvez – querer fazê-lo, e ter tempo para isso.

Tempo, para vivenciar as mais variadas experiências (de sabores e dissabores) que elA (a Vida) pode nos proporcionar, e (talvez) compreender as (enigmáticas) nuances que dela decorrem.

Vontade, para não querer apenas ‘’viver’’ a Vida, mas também explorar parte de seu (rico e intenso) universo.

Porque, do que elA pôde e (ainda) pode nos ensinar, só ‘’viver’’ parece (ser) insuficiente: É Preciso Saber [como diziam e alertavam(-nos) Erasmo Carlos e Roberto Carlos] e Querer Viver – ’’Viva La Vida’’, como musicavam em sinfonia e harmonia a banda ‘’Cold Play’’; e como registrara, em tela e em suas últimas palavras artísticas, a artista Frida Kahlo.

A vida ensina, ensina-nos – através de suas incontáveis e inimagináveis experiências – a ‘’viver’’: eu ‘’vi’’ e espero que você também possa e queira (o) ‘’ver’’.

E (é) assim que elA segue – depressa, e sem parar – e nos dá (a) passagem: para explorá-lA e conhecer a sua matriz da vivência experimental-sintática.

 

Imagem Ilustrativa do Post: green tree on sand // Foto de: Jill Heyer // Sem alterações

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