Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Deste chão dourado, impenetrável e estéril, que se estende pelo horizonte e se perde pelos
caminhos, brota ouro!
Passamos por ele com nossa ignorância – aquela que é incapaz de perceber que o ir-e-vir
impregnado pela pressa só nos faz perder o tempo, e com a nossa insuficiente capacidade de
compreender a efemeridade da vida!
Na mesma velocidade em que o ouro se espalha, se recolhe. E deixa ao chão - impenetrável e
estéril, nenhum resquício daquele brilho que durou o tempo de nos iludir e nos prometer a
eternidade...
O Sol se foi, mais um dia acabou e aquele dourado inebriante apenas nos cegou por alguns
instantes, enquanto a vida levava pra si um pouco mais de nós...
Neste chão dourado, impenetrável e estéril – que se estende pelo horizonte e se perde pelos
caminhos, nada brota até o próximo Pôr-do-Sol!
*FOTO ARQUIVO PESSOAL DO AUTOR*