"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa“ (Karl Marx).

Somente aqueles que estão no horroroso “teatro da morte” podem sentir o real sofrimento que uma guerra causa.

Estou abominando estes "especialistas", que se promovem e se projetam profissionalmente, dando "palpites" sobre o inferno que está ocorrendo naquele distante país.

“Sabichões” falam, na televisão, tudo sobre a atual guerra na Ucrânia. Sabem mais de estratégias militares do que os generais dos países em conflito ... Fazem, com ar doutoral, as mais variadas previsões e analisam “teoricamente” as questões econômicas e geopolíticas que estão em jogo.

Pergunto: e as vítimas??? Onde estão as vítimas e seus familiares? Onde estão seus corpos???

Pergunto ainda: não seria um momento propício para falarem contra a guerra, ao invés de fazer suas “sofisticadas” análises e reflexões???
Passado algum tempo, tudo seguirá normalmente e as dores e tragédias serão esquecidas, aquelas causadas nos outros ... Dirão: "vida que segue" ... Afinal de contas, temos carnaval, cerveja e muito churrasco (comemos carne, vale dizer, o corpo de seres vivos que também matamos ...)

Falam mais de eventuais consequências econômicas do que dos seres humanos que tiveram as suas vidas ceifadas por uma barbárie injustificada. A guerra nunca poderá fazer sentido... ...

Precisamos valorizar a vida cada vez mais. Sem ela, nada mais tem significado. Sem ela, nada mais existe.

Devemos ser contra a guerra independentemente de gostarmos de algum dos países ou governantes nela envolvidos, mormente porque, nesta, estão envolvidos dois países capitalistas governados por grupos ligados, de alguma forma, com movimentos sociais de cunho fascista.

Este tipo de guerra não se compara a uma revolução social e popular, que busque uma sociedade mais justa e fraterna. Uma violência política que rompa com um governo opressivo, que seja uma das causas de mortes de crianças e pessoas pobres ou miseráveis em geral.

Condenemos as guerras, porque elas matam jovens que desejavam viver. Eles tinham o direito de viver como nós estamos vivendo.

Ninguém deveria ser obrigado a matar pessoas desconhecidas, que seriam amigos caso se encontrassem em outra situação ou circunstância.

A vida é natural e única, enquanto os valores são cunhados em sociedade, quase sempre por quem detém o poder econômico, que leva ao poder de influenciar as pessoas.

Com razão teria dito um antigo combatente que, mesmo do lado errado, teve esta aguda visão crítica:

"A guerra é um lugar onde jovens se matam, embora não se conheçam e, por isso, não se odeiam; tudo por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam" (Erich Hartman).

A guerra representa a vitória da morte sobre a vida. A guerra leva à barbárie. Nela, são mortos principalmente os jovens e pobres.

Alguém conhece um soldado, cabo ou sargento rico e idoso?

Quem decide pela guerra e quem a dirige não se arrisca, ficando seguro e em conforto, longe da área de matança.

Vida é o que importa!!!

 

Imagem Ilustrativa do Post: brown wooden  // Foto de: Sasun Bughdaryan // Sem alterações

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