Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Sentir o toque de uma árvore
Acordar sendo criança de novo
Subir no vento
pelo impulso se achar eterno
Reaprumar em profunda tormenta
Enlouquecer por engano e realizar-se
No desespero da proteção foi que aprendi
a cultivar um lugar que desconheço.
Deixo o amor ir, o acompanho pelo seu reflexo no espelho.
E me basta.
Promessa de sonhar sempre o proibido
De guardar as chaves e esquecer onde.
E repentinamente sulcam, mordem e por fim amanhecem
os dias, as estações, todas as novas velhas chances.
Mas, o mesmo tom tem que prevalecer e permanecer:
há dores que não prescrevem, não se curam, não prescrevem.
Será este o motivo de me chamarem ave serena?
Por ser algo tão confuso e inexato, quanto pleno?
Tão profana quanto deusa morena.
Exalando por todo canto, o que me transborda um tanto,
dizem ser rosa-damascena,
mas é simplesmente a potência encantadora e contagiante da alfazema.
Não há dilema ou problema, de tudo isso faço poema.
Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações
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