AO INVÉS DE GRITAR, ESCREVO LIVROS

01/09/2024

Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos

Sentir o toque de uma árvore

Acordar sendo criança de novo

Subir no vento

pelo impulso se achar eterno

Reaprumar em profunda tormenta

Enlouquecer por engano e realizar-se

No desespero da proteção foi que aprendi

a cultivar um lugar que desconheço.

Deixo o amor ir, o acompanho pelo seu reflexo no espelho.

E me basta.

Promessa de sonhar sempre o proibido

De guardar as chaves e esquecer onde.

E repentinamente sulcam, mordem e por fim amanhecem

os dias, as estações, todas as novas velhas chances.

Mas, o mesmo tom tem que prevalecer e permanecer:

há dores que não prescrevem, não se curam, não prescrevem.

Será este o motivo de me chamarem ave serena?

Por ser algo tão confuso e inexato, quanto pleno?

Tão profana quanto deusa morena.

Exalando por todo canto, o que me transborda um tanto,

dizem ser rosa-damascena,

 mas é simplesmente a potência encantadora e contagiante da alfazema.

Não há dilema ou problema, de tudo isso faço poema.

 

Imagem Ilustrativa do Post: violet bloom // Foto de: Mike W. // Sem alterações

Disponível em: https://www.flickr.com/photos/squeakymarmot/26494873215

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