A Judicialização da Saúde e a Inteligência Artificial – Por Clenio Jair Schulze

03/07/2017

A Inteligência Artificial trouxe uma revolução no conhecimento e na forma de obtenção de informações, de modo a gerir e conduzir a atuação dos seres humanos.

Big data, internet das coisas e trabalho de robôs no cruzamento de dados são poderosos instrumentos que auxiliam no planejamento do futuro das pessoas e das instituições públicas e privadas.

A IBM, por exemplo, criou um robô – Watson[1] – que permite explorar e mapear milhares de informações disponíveis em todo o mundo. É o exemplo de instrumento que poderá substituir vários empregos no futuro.

Em relação à Judicialização da Saúde, a era digital permitirá o controle de várias situações, por exemplo:

1 – Identificação do perfil dos juízes que julgam com maior freqüência os pedidos improcedentes ou procedentes;

2 – Identificar os advogados que mais judicializam;

3 – Identificar as tecnologias em saúde (medicamentos, próteses, etc) mais judicializados;

4 – Identificar eventual repetição de procedimentos aparentemente duvidosos;

5 – Controlar as demandas predatórias (desnecessárias).

Os benefícios das ferramentas de inteligência artificial podem ser:

1 – Planejamentos do Judiciário na área da Judicialização da Saúde;

2 – Planejamento do SUS e das operadoras de planos de saúde;

3 – Controle dos litigantes de má-fé;

4 – Identificar os locais com problemas na qualidade na prestação dos serviços de saúde;

5 – Previsibilidade quanto à posição dos juízes, em razão do mapeamento de todas as suas decisões.

Ainda há muito amadorismo e falta de exploração adequada dos instrumentos tecnológicos no Brasil.

Com a evolução do tema, a inteligência artificial certamente propiciará melhoria e auxílio na concretização do Direito à Saúde.


Notas e Referências:

[1] Disponível em http://news-explorer.mybluemix.net/ Acesso em 02 de julho de 2017.


 

Imagem Ilustrativa do Post: brain 59 // Foto de: affen ajlfe // Sem alterações

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