Ter total controle do corpo é uma obrigação para quem está à frente do público.
São muitos os movimentos que podem pôr a sua credibilidade de orador em risco; por exemplo: caretas, tornozelos cruzados, tremedeira e mãos no bolso. Mas existem 3 gestos/posturas que podem fazer com que você se torne odiado por seu interlocutor.
Nosso corpo costuma se mover de forma involuntária, respondendo ordens cerebrais que chegam a ter menos de meio segundo de duração. Essas respostas são provenientes de leituras de emoções e reações em nosso cérebro. Contudo, a velocidade de reação além de treinável é controlável. Por isso, comece a se policiar. No começo é melhor pecar pela falta de movimento do que pelo excesso.
O descontrole gera falta de sincronia entre as palavras e os gestos, chamado de incongruência. Pode aparentar também: ansiedade, nervosismo, mentira, falsidade, amadorismo, falta de domínio e segurança, negligência, entre outros. Uma pessoa de poucos movimentos é alguém que foca sua apresentação nas palavras, podendo parecer robótica e sem vida, mas ainda assim, uma pessoa controlado e com uma chance bem menor de receber respostas negativas do público.
Ao dominar verbal e não verbal deixando-os controlados, sincronizados e harmônicos inicia-se o espetáculo da oratória.
Agora, assim como uma árvore de 100 anos pode ser derrubada em apenas alguns minutos, o mesmo pode acontecer com a credibilidade de um orador.
Em 3º lugar: Braços cruzados:
Braços cruzados podem ser muito legais ao posar para uma foto (lembrando, desde que deixe seus dedões expostos, dedões remetem confiança!), mas não para quem está se apresentando para um público atento. A simbologia cultural do braço cruzado é de fechamento, de falta de interesse, arrogância, falta de atenção, vontade de fuga. Não há, em momento algum, um lado positivo para essa postura ao ser adotada frente a um público, nem ao falar, muito menos ao ouvir uma pergunta, por exemplo.
Como proceder: Durante uma pequena pausa ou ao ceder a palavra para o público, mantenha sua postura imóvel (caso esteja muito longe, se aproxime da pessoa ou para a direção dela), com as mãos um pouco acima da cintura, cabeça levemente inclinada na direção de quem está falando, pés planos, paralelos e na direção de quem está falando. Essa é a postura mais correta a ser adotada e que gerará inconscientemente (ao até mesmo conscientemente, para os mais atentos) uma sensação de que sua total atenção está voltada para ela.
Em 2º Lugar: Dedo médio.
De maneira involuntária ou sem saber do perigo desse simples gesto, muitas pessoas costumam usar esse dedo para apontar, indicar ou coçar o rosto. Porém, não há estatística que mostre uma só pessoa que goste ou se identifique com pessoas que usufruam desse gesto. Nosso cérebro responde tanto conscientemente quanto subconscientemente a esse gesto, e das duas, uma, ou você se sentirá incomodado na hora, ou um leve desconforto ficará lhe remoendo por dentro. Isso é cientificamente comprovado, nosso sistema límbico reage a esse gesto fazendo relação com outras vezes em que o vimos. O que em nossa cultura não é nada legal.
Obs. Não se confunda com pessoas que usam propositalmente, assim como Barak Obama usou ao falar sobre o senador John McCain: https://www.youtube.com/watch?v=Pc8Wc1CN7sY
...ou sempre que estava à frente de algo ou alguém que não era muito de seu agrado, aqui o gesto está sendo totalmente voluntário!
E o primeiríssimo lugar vai para
....(rufem os tambores........)
.... Dar as costas ao público
Pode parecer óbvio, mas é incrível como praticamente todos os palestrantes cometem esse erro em algum momento de suas apresentações.
Em hipótese alguma se vire de costas para o público, seja para uma foto, durante a palestra, para apontamentos, ao caminhar, não importa... não faça! Caso seja inevitável, como andar entre o público, faça sem demora. E ao voltar para o palco apresse levemente o seu passo.
Em apresentações como reuniões de negócios ou palestras com imagens projetadas atrás de você, fique ao lado da apresentação, numa direção de 45º em relação ao público evitando dar as costas até mesmo para os que estão posicionados no canto do recinto. Essa postura quebra toda e qualquer conectividade com o seu interlocutor. É um gesto ruim, feio e poderá lhe custar muito tempo para reaver a atenção total dos que se incomodaram com esse simples movimento.
IMPORTANTE: Advogados, nunca deem as costas ao júri e evitem sempre dar as costas para o(a) juiz(a). Exceto quando tiverem que voltar para a sua mesa.
Em reuniões de negócio, cuidado com os que se encontram afastados e nos cantos da sala, calados. Essas pessoas costumam ser mediadores de decisões, pessoas que tem como única função observar você.
Se para você tudo pareceu muito óbvio, ótimo! Você está no caminho certo. Mas saiba, até os mais preparados cometem esses erros involuntariamente e dificilmente percebem ou lembram! Portando, atenção total, postura e sucesso! Até a próxima semana!
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