Marcelo, fale sobre você, como escolheu o Direito e como foi sua trajetória profissional.
Direito foi uma escolha pautada na vocação. Ingressei na UFBA em 1997, me formando na turma de 2002. Após os primeiros anos de advocacia, investi no curso de pós graduação lato sensu, oferecido ainda hoje pela Escola de Magistrados da Bahia, para atualizar o conhecimento jurídico. Ná época, o então recente Código Civil representava uma mudança estrutural no ordenamento e sem o domínio dessas informações, seria inviável atuar na advocacia. No final desse curso, participei de uma seleção para a contratação de docentes numa instituição privada, em Salvador/BA. Minha primeira aula como professor de Processo Civil ocorreu terça a noite, dia 15/02/2005. Desde então, reconheço na docência uma opção de vida que me permitiu, ao longo dessa última década, ter satisfação com o ambiente de trabalho, participar da formação acadêmica do outro e com isso poder inspirar novos sentidos para o Direito. Por diversas razões, assumi um compromisso com a excelência e em decorrência disso, o mestrado e agora o doutorado, foram escolhas naturais em minha trajetória acadêmica. O ingresso no mercado editorial, por sua vez, decorreu da produção científica, estimulada pelo PPGD da UNESA e por meu orientador. Trago comigo as incontáveis lições de vida e humanidade dos meus pais, a segurança da família e a percepções da experiência. Procuro empregá-las em meus textos, que agora serão divulgados por esse grande portal.
Quais temas serão abordados em sua coluna?
Em minha coluna vou abordar temas correlacionados ao Novo CPC. Proponho, entretanto, além das informações técnicas e necessárias para o exercício do Direito, um olhar hermenêutico que reflita o horizonte constitucional e a influência da democracia na interpretação. Para tanto, eventualmente, farei provocações na área da filosofia.
Quais as motivações e objetivos ao escrever sobre este tema?
Minha motivação é sempre renovada pela oportunidade. Escrever sobre o ordenamento processual nesse momento histórico é um privilégio. Ao tempo em que disponibilizo os textos por um reconhecido meio de comunicação, tenho também a chance de interagir e aprender com o meu leitor. Esse retorno é primordial para o desenvolvimento das ideias.
Como surgiu a ideia de escrever esta coluna no Empório?
Surgiu pela generosidade do Alexandre Morais da Rosa. Amigo reconhecido no meio jurídico que recentemente me fez uma convocação para integrar o time.
Quais suas expectativas de fazer parte do time de colunistas do Empório do Direito?
A expectativa é a melhor. Creio que o portal vai viabilizar uma excelente divulgação dos meus textos, palestras e cursos. Sem prejuízo disso, espero conhecer e interagir com os demais colunistas e colaboradores. Penso que todos temos, enquanto doutrina, a responsabilidade de apontar novos caminhos para o Direito. Sinto orgulho pela oportunidade de estar com vocês, pra viver esse desafio.
Leia aqui o primeiro artigo da coluna.
