Fernanda Sell de Souto Goulart Fernandes agora é nossa colunista! Confira a entrevista com a autora

18/02/2016

Fernanda, fale sobre você, como escolheu o Direito e como foi sua trajetória profissional.

Meu ingresso no Curso de Direito deu-se de forma quase inconsciente. Eu tinha apenas 16 anos e resolvi prestar vestibular, pois em minha família muitos seguiam carreira jurídica. Durante mais da metade do curso meu desejo era somente um: desistir do Direito. Meu pai, literalmente, me proibiu de desistir, falando que eu era muito nova, deveria terminar e depois poderia fazer outro Curso. Quando estava com 19 anos e cursando o 6º período, engravidei de minha filha mais velha. Foi quando, sozinha, vi a responsabilidade de criar e educar outra pessoa. Na ocasião, era funcionária administrativa da UNIVALI e fui cedida para trabalhar no Juizado Especial Cível de Itajaí que funcionava dentro do Campus da Universidade. Dentro de pouco tempo o trauma que eu tinha com o Direito transformou-se em um grande amor. Ainda no 10º período, apenas com 21 anos de idade, fiz a seleção para o Mestrado em Ciência Jurídica. Fui aprovada. Me formei em dezembro de 2002 e em março de 2003 iniciei o Curso de Mestrado na UNIVALI. Como meus avós, tanto o paterno quanto o materno, eram professores doutores da Universidade Federal de Santa Catarina, cresci amando a docência, e logo iniciei minha carreira como docente no Curso de Direito da UNIVALI. Além de docente, atuo como advogada na Comarca de Itajaí. Atualmente, sou discente no Programa de Doutorado em Ciência Jurídica da UNIVALI, em dupla titulação com o Doctorado en Derecho pela Universidad de Alicante, na Espanha.

Quais temas serão abordados em sua coluna?

Por toda a minha trajetória pessoal tenho um grande carinho por assuntos ligados ao Direito de Família. Por isso, sou integrante do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família) e sempre estou envolvida nos cursos e palestras atinentes ao tema. Na coluna, preferencialmente, tratarei de temas ligados ao Direito de Família e de Sucessões.

Quais as motivações e objetivos ao escrever sobre este tema?

O Direito de Família é matéria que está muito próxima aos sentimentos mais íntimos do ser humano, fonte das maiores alegrias e também, muitas vezes, de grandes frustrações. Por isso, considerando a complexidade destas relações pessoais e todas as conseqüências jurídicas que as envolvem, a coluna terá como objetivo tratar desses temas com linguagem acessível, não só para a comunidade jurídica, mas também para os leigos que – por qualquer motivo – se interessem pelos assuntos tratados, isso sem deixar de abordar, de maneira técnica, questões da prática forense.

Como surgiu a ideia de escrever esta coluna no Empório?

Eu escrevo para o Empório do Direito desde o primeiro semestre de 2015. Conheci o Empório por indicação do meu, então, professor no Doutorado em Ciência Jurídica, Alexandre Morais da Rosa. Desde então sou leitora assídua dos textos que todos os dias são publicados. O convite formalizado pela querida Aline Gostinski para me tornar colunista aconteceu no 1º Concílio de Mulheres do Emporio do Direito em Belém do Pará, o que, muito me honrou e de pronto aceitei.

Quais suas expectativas de fazer parte do time de colunistas do Empório do Direito?

O Empório do Direito trouxe (e continuamente traz) a mim, além de conhecimento de qualidade, o convívio com grandes nomes do Direito. Agradeço ao Prof. Alexandre Morais da Rosa e a Prof. Aline Gostinski a maravilhosa oportunidade. Além de conhecer juristas, fiz grandes amigos aqui. Assim, é uma honra fazer parte de um grupo tão seleto e comprometido com ideais de justiça. Espero dar continuidade ao brilhante trabalho que os já colunistas tem feito.


Confira amanhã a estreia da coluna de Fernanda Sell de Souto Goulart Fernandes, que será publicada todas as sextas-feiras!


O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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