Por Redação - 11/02/2017
Em acórdão prolatado nos autos da Apelação nº 0034581-51.2008.8.24.0023, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) condenou uma grande rede de televisão catarinense e um dos seus famosos apresentadores por produzirem entrevista com autora confessa de um latrocínio, na qual a assassina foi vitimizada e a memória do de cujus denegrida.
Segundo as autoras da ação, filhas do homem assassinado, a entrevista da assassina foi totalmente editada pela emissora de televisão, de forma que as imagens e sons indicavam a parcialidade com que a matéria foi conduzida por seu apresentador, transformando a assassina confessa em uma vítima do pai das autoras e difundindo uma versão unilateral do crime impregnada de falsas circunstâncias emocionais.
"Além de padecerem pela morte brutal do genitor, as autoras experimentaram o enorme desgosto e a amargura de verem a memória paterna ser publicamente afrontada mediante graves imputações depreciativas, em franca e nada secreta tentativa de transformá-lo num indivíduo malévolo, exasperando-se tais sensações negativas na medida em que as atribuições caluniosas e difamatórias foram urdidas como meio de capitalizar proveito em favor da autora do hediondo crime", concluiu o relator do processo do TJSC.
Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina
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