Por Redação - 02/09/2015
Relacionamentos amorosos contemporâneos são caracterizados, em geral, pelos ideais românticos de amor, comprometimento e exclusividade. Segundo matéria publicada na revista Psique Ciência e Vida, a traição fere esses ideais. Mas até aonde isso corresponde à realidade?
Ciúme e infidelidade são pontos sempre presentes em consultórios de Psicologia e bagunçam o mundo sentimental, financeiro e até profissional de muita gente. Diante do desejo intrínseco da fidelidade, os relacionamentos vagam entre o que acontece no mundo real e no que se passa dentro dentro da cabeça de cada um. Os casais tentam, mas falham neste ponto, demonstrando comportamento intransigente e punindo a infidelidade com, muitas vezes, mais infidelidade.
Independente de sexual, emocional ou ambas, a infidelidade pode ser entendida, segundo Drigostas e Barta como uma "Violação das normas dos parceiros que regulam o nível emocional ou da intimidade física com pessoas fora do relacionamento"(Drigotas & Barta, 2001, p. 177). Muitas vezes somente o estabelecimento de conversas íntimas ou com flerte constitui traição. Para alguns casais, a interpretação se estende a ocorrência ou não de ato sexual.
A discussão se estende interdisciplinarmente. Há aqueles que alegam que a fidelidade não é natural do ser humano, mas sim de condicionamento imposto por instituições sociais e culturais, tais como religião, moral, etc. O fato é que os indivíduos assumem diferentes tipos de comportamentos, independente das condições das circunstâncias sociais que os cercam.
O fator tecnológico também é presente como multiplicador exponencial da tentativa de controle e da criatividade em trair sem ser pego. Com uma rápida pesquisa na internet é possível encontrar aplicativos de Smartphone. É possível trocar "mensagens invisíveis", controlar o celular do parceiro(a) à distância, bloquear visualização de mensagens com senhas e uma infinidade de ferramentas que ajudam ou tentam espionar/descobrir o ato da traição.
Segundo a Revista Psique Ciência e Vida os casais objetivam a utopia do amor romântico e insistem nele até o ponto em que a realidade desfaz todo o processo imaginativo. O mais apropriado é a comunicação clara e direta entre os parceiros, desde o momento do início do relacionamento até o final dele. Embora estabelecimento de um relacionamento amoroso não elimine o interesse sexual por outras pessoas.
Fonte: Revista Psique Ciência e Vida Ano III, número 33.
Imagem Ilustrativa do Post: Threesome // Foto de: Josh // Com alterações Disponível em: https://www.flickr.com/photos/ge_photo/3896744309 Licença de uso: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode