Coluna Direito e Arte / Coordenadora Taysa Matos
Bocas e jeitos articulam ao ver um dos nossos.
Todos pretos, todas pretas, todas negras...
Apesar do simbolismo que isto ou isso representa..
Sabemos o que é... Racismo!
Outrora vivi isto ou isso ou aquilo...
Sei que doeu...
Hoje dói mais porque bate em mim como uma pedra monolítica...
Bate em ti...
Bate em si...
Bate em todos nós... Nós!
Bateu em minha cria... Minha filha!
Olhares discretos e dissimulados apontam...
Uma jovem, dedicada, sonhadora... Livre!
Livre como eu fui no passado e preso aos rótulos, alcunhas dos brancos racistas... Racistas!
A escravidão mental de quem tenta nos desfazer é uma forma de mostrar fraqueza ou medo do
nosso poder de harmonizar os espaços... Somos belos, ou melhor, lindos...
Não sei, talvez o tempo tenha retrocedido ou nunca retrocedeu no imaginário racista...
Xangô apontará com o seu machado os nortes... Kaô Kabecilê!
O tempo é a dimensão do passado e vamos vencer.
Somos normais, somos gente.. Somos livres!
Todavia, as figuras da opressão, os racistas, estão com caras e bocas na estrutura "Merdal" do
racismo de todo dia.
O Racismo se compõe de formas, aparências, modo, mentiras, falas...Ele é inodoro!
Ele é insurgente e leviano....
Ele é cafona e antiquado...
Ele ou Ela são nojentos...
Podre...
Ele faz ainda manter a divisão entre branquitude e negritude...
Todo mundo nesta cidade é...
Homem, menino, mulher...
Todo ou todos ou todas somos livres... Livres!
Somos vítimas do lodo do racismo estrutural...
Mas, somos um povo lindo, alegre, artístico, essencial, cultural, histórico, sonhador e poderoso...
Vamos vencer, minha filha...
Que o perfil seja malfeito...
Viva o povo negro!
Imagem Ilustrativa do Post: grama // Foto de: tambiraphotography // Sem alterações
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