O impacto dos humanos no corona vírus

27/04/2020

Vivo ou morto (ou talvez) em algum lugar, corona vírus foi levado por um humano. Lá encontrou seu lar, estabeleceu sua morada, multiplicou-se, doou-se – solidariamente – aos seus semelhantes e convenceu aqueles diferentes ao seu posicionamento socioambiental a segui-lo, tornando, assim, seu ambiente mais próspero, porém mediante um custo.

Ao determinar seu modo de vida, o uso não sustentável dos recursos disponíveis em seu hospedeiro, o corona vírus, agora em milhões, até mesmo bilhões, em um único meio ambiente determinado, com capacidade limitada de renovação de seu combustível natural que é usado pelo corona vírus para se multiplicar cada vez mais e mais, sem qualquer controle estratégico de manutenção do equilíbrio do meio ambiente onde vive (ou morre, ou talvez), o corpo humano.

Sem ter dúvidas sobre o desastroso futuro do uso desenfreado dos recursos naturais provenientes do organismo do homem, o corona vírus nega a possibilidade de seu hospedeiro não ser a Rainha da Inglaterra, ou até mesmo o Keith Richards, e mantém seu pensando negacionista até que seu único lar morre.

E, ao morrer, o lugar onde consegue se multiplicar, permanecer ativo e se desenvolver (ou até se transformar, como mutante que é), o corona vírus volta ao seu status anterior.

Qual era mesmo o status anterior do corona vírus?

Um completo desconhecido, ignorado, sem sentido e razão, diante de universo repleto de galáxias, estrelas, planetas, países, estados, cidades, bairros, ruas, casas, cômodos, móveis, objetos, peças, detalhes, pontos, ou não.

É quem parou o mundo, que se esqueceu de todo o resto, mas, do corona vírus, não.

Não seria o vilão que destrói o humano quando nele chega para sua morada e uso indiscriminado dos seus recursos, sem qualquer remorso ou preocupação com sua finitude?

Como é mal o corona vírus.

Mas, o ser humano, não?

 

O texto é de responsabilidade exclusiva do autor, não representando, necessariamente, a opinião ou posicionamento do Empório do Direito.

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